segunda-feira, julho 10, 2006


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Chapa 5 - Instinto Coletivo DCE - UnB


veja ainda outr@s amig@s de nossa Chapa:

Alex Leonam (Letras)
Alexandre Boquady (Administração)
Alice Vasconcelos (Artes Plásticas)
Ana Catarina Franco (Artes Cênicas)
Ana Lira (Engenharia Florestal)
Artur Antônio (Letras)
Aureliano Esteves "Lili" (Pedagogia)
Bruna Nahae Dias (Pedagogia)
Christiano Sasaki (Pedagogia)
Danilo Cardoso (Medicina)
Dayane Xavier (Serviço Social)
David Sena (Educação Física)
Elzahra Osman (Ciência Política)
Eric Kimeira (Ciência Política)
Fabinho (História)
Fábio de Medeiros (Economia)
Franssuarlei Noragas (Geologia)
Gustavo Cardoso (Estatística)
Gustavo Freitas Amora (Ciência Política - mestrado)
Jane Ane Villela (Engenharia Florestal)
João Paulo Porto Dias (Artes Cênicas)
Joel Lima Neves (Pedagogia)
José Bruno de Lima Fernandes (Artes Plásticas)
Josi (Serviço Social)
Keila Lima Sanches (Engenharia Florestal)
Kelly Triaca (História)
Lauana Nogueira (Engenharia Florestal)
Marcílio (História)
Natália Marques (Letras)
Olliver Mariano (Comunicação Social)
Osvaldo Assis (Ciências Sociais)
Paola Talita de O. Barbosa (Artes Cênicas)
Priscila Azevedo Aredes (Pedagogia)
Rachel Silva de Faria (Ciência Política)
Rafael Gonçalves (Pedagogia)
Rafael Lasevitz (Ciências Sociais)
Renato de Carvalho Oliveira (Engenharia Mecânica)
Renato Moll (Pedagogia)
Rosana Cavalcante Soares (Ciências Sociais)
Suelen Felizatto (Engenharia Florestal)
Talita Victor (Ciência Política)
Valney "Ney" (Pedagogia)
Victor Lacerda (Educação Física)
Waldemar Silva Júnior (Computação)

Segurança na UnB: para além do debate simplista "Estudantes versus PM"

Debater sobre segurança não é falar somente sobre Polícia Militar, apesar desse ser o foco do debate ultimamente. A presença da PM nos Campus é ótima, desde que se defina com qual finalidade irá atuar. Em primeiro lugar, isso é inconstitucional, mas é muito simplista falar somente isso. Os campus Darcy Ribeiro e Planaltina estão, ou melhor, são de responsabilidade federal e não do GDF. A PM não tem contingente nem competência para lidar com estudantes. Ter policiais nos campus onera obrigatoriamente um outro setor da cidade mais necessitado. Xs estudantes da UnB são muito contestadores (sem querer ser vanguarda ou nostálgico de ditadura militar), mesmo os que não participam do movimento estudantil, e isso geraria vários conflitos com a PM. Por isso, deve-se pensar na segurança dxs estudantes sendo abordados pela polícia militar. Com certeza as falas iriam para além do "você é policial militar e não pode atuar em área federal". Mas vamos além: e se a polícia fosse preparada para atuar dentro dos Campus, passando por uma reciclagem? Teríamos a idéia do Batalhão Universitário, que já permeou alguns debates inclusive na Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2006. Ainda que o Batalhão Universitário fosse perfeito, passando por cima da constituição pelo primeiro fato que iniciou esse texto, restariam os problemas:

- Os furtos de carros não iriam parar. O Setor Comercial Sul (SCS) tem um batalhão de Polícia Militar, no CONIC há outro, e a região é campeã de roubos de carros e outros tipos de crimes (com todo o cuidado jurídico e sociológico da palavra crime).

- Os estupros não iriam parar. Nos outros locais que há polícia, também há estupro.

- Furtos de computadores não iriam parar. O furto de equipamentos não é exclusividade da UnB. Mesmo organizações com câmeras passam por esse tipo de transtorno.

Estamos num estado de calamidade pública? Então o que fazer?

O que acontece é que há uma quadrilha agindo na UnB atualmente, daí tantos furtos, e isso não se combate com polícia militar. Parte dessa quadrilha, que atuava no HUB, já foi desbancada. Nesse sentido, ocorreu uma reunião do Conselho Comunitário de Segurança, dia 14/06/2006. Nessa reunião, ficou definido que a UnB terá um Corpo de Guarda, com 20 profissionais que já estão sendo escolhidos, tanto da UnB como da polícia militar. Somos contra. O que se deve fazer são medidas educativas vinculadas à um plano de inteligência contra a ação criminosa. Não se pode esperar o ladrão agir, nem há como antever sua ação, mas tem que se estar preparado para a mesma. E quando se diz estar preparado, é que toda a universidade esteja preparada e não somente uma espécie de Batalhão Universitário, jogando a segurança de 30.000 estudantes, técnicxs-administrativxs, docentes e outras pessoas que freqüentam os campus nas mãos de 20 integrantes do Corpo de Guarda. Não precisamos de 20 seguranças, precisamos de 30.000 pessoas que saibam cuidar de sua própria segurança, e a melhor forma de conseguir isso é desenvolver, juntamente com a PM e outros órgãos competentes, a capacidade dessas pessoas garantirem sua integridade física e a posse de seus bens.

A Polícia Militar bloqueou a rampa da reitoria na reunião do CONSUNI do dia 15/04/2005, impedindo inclusive a subida de Representantes Discentes para a reunião que iria deliberar sobre as regras da eleição para reitor, como a paridade e o segundo turno. E ainda dizem que a PM não iria reprimir caso tivesse o aval de agir na UnB, se já faz isso ilegalmente. Pois bem, em nossa concepção, a PM deveria fazer workshops informando a comunidade acadêmica sobre cuidados com a segurança, como andar em grupos e em locais iluminados, evitarem banheiros em locais com pouca circulação de pessoas, estacionar em locais iluminados e longe de matagais etc.

Outra insegurança no Campus Darcy Ribeiro é a L3 norte, que já foi duplicada mas continua sem passarelas até a L2 norte. Apesar de terem sido pintadas faixas de segurança na via, a pista é mal iluminada e os veículos passam em alta velocidade, devido à falta de sinalizadores ou lombadas. Xs estudantes que saem da parte sul do referido Campus e andam até a L2 Norte disputam o exíguo espaço da pista com a direção irresponsável de alguns motoristas. O Corpo de Bombeiros, juntamente com a Defesa Civil, são peças estratégicas para um projeto de segurança no Campus, uma vez que lidam com uma segurança que é pouco vista pela população.
Acreditamos que todas essas medidas ajudarão na construção de um ser crítico ao seu espaço, construindo coletivamente com sociedade civil e representantes governamentais uma proposta de segurança que seja viável econômica e socialmente.

Dessa forma, nossas propostas para segurança são:

01- Guaritas suspensas nos estacionamentos, ainda com o problema das árvores.
02- Passarela iluminada do Hospital Veterinário para os Pavilhões.
03- Solicitar à PRC (Prefeitura do Campus) a instalação de postes em locais escuros e a podação das árvores que têm sua copa encobrindo a iluminação, como no IdA e outros locais, bem como a retirada de matagais perto de estacionamentos, como Faculdade de Saúde, Faculdade de Medicina e Pavilhões Anísio Teixeira e João Calmon e no campus de Planaltina.
04- Workshops com a Polícia Militar, informando a comunidade universitária como prevenir seus bens e a si mesmo da ação de criminosos;
05- Workshops com o Corpo de Bombeiros, com explicações sobre acidentes de trânsito, risco com o botijão de gás e reciclagem de técnicxs-administrativxs que atuam em laboratórios, com uma parceria com o SINTFUB.
06- Cartilhas Educativas para que xs estudantes que não freqüentaram os workshops, por motivo de trabalho ou outro qualquer, possam saber mais sobre segurança.
07- Indicar à Defesa Civil os locais onde há infiltração de água e rachaduras, para que seja feita análise se há risco de desabamento.
08- Instalação de sinalizadores e lombadas ao longo da L3 Norte para evitar a passagem rápida de veículos, além de dois guardas de trânsito em horário de pico, um na saída ao lado do CEAN e outro na saída ao lado da Secretaria de Educação.
09- Destituição imediata do "Convênio de Boca" que a Reitoria mantém com a Polícia Militar do Distrito Federal, baseado num Convênio Guarda-Chuva já encerrado em 2001 e, portanto, ilegal.
10- Denunciar a repressão no campus. Outras universidades federais não permitem a ação de polícia militar dentro de sua área e não tem os números alarmantes de furtos que a UnB infelizmente possui.
11- Retirada das grades do ICC. colocar grades não impediu o furto de equipamentos de informática, mas somente a circulação de pessoas pelo campus. Universidade pública deve ser aberta para toda a população em qualquer horário.
12- Proibir a implantação de câmeras no campus pela empresa Centaurus, que já chegou a conversar com a reitoria sobre o assunto.

quinta-feira, julho 06, 2006


EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

A importância da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão já é reconhecida de a criação da UnB. No entanto, o que se vê no cotidiano universitário desde esse período é a influência da linha ideológica do mercado sobre a pesquisa em detrimento da extensão, evidenciado na falta de financiamento governamental e de apoio institucional a atividades extensionistas. Infelizmente, desenvolver projetos sociais que correspondam a demandas sociais brasileiras nem sempre proporciona status de reconhecimento científico. Assim, a extensão é percebida muitas vezes como atividade protocolar, com a qual a comunidade acadêmica não se identifica.

Por outro lado, historicamente, percebe-0se que uma prática de extensão assistencialista, em que atividades são promovidas sem ação contínua, gerando vínculos de dependência da comunidade com relação à universidade e que muitas vezes ocupa lacunas deixadas pelo governo, não cumpre a responsabilidade social da universidade e daquele por ela formados. Para além de imposição de saberes em uma tentativa de “domesticação” de pessoas, a extensão deve ser ato de comunicação. É encontro dialógico em que as pessoas da comunidade e da universidade são entendidas como “seres-em situação”, na construção conjunta de emancipação e empoderamento social, que traz a sabedoria dos povos em exclusão, marginalizados pela primazia e dominação da elite sócio-econômica.

Na tensão entre a elaboração de políticas públicas viáveis e a falta de incentivo institucional, os estudantes podem encontrar seu espaço de ação. Um exemplo disso, foi a recente aprovação do crédito de extensão na UnB, uma conquista dos estudantes da universidade. Propostas:

- Atuação junto a instâncias institucionais da UnB como os Decanatos de Graduação, Extensão e Reitoria visando à implementação e ao apoio de projetos extensionistas de ação contínua;

- Parceria com movimentos sociais e estudantis vinculados à extensão universitária como o Extramuros;

- Atuação visando ao acompanhamento da implementação do crédito de extensão.



ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL, JÁ!

Para muit@s estudantes da UnB, muito mais difícil que passar no vestibular é se manter estudando. Apesar de estarmos em uma Universidade pública e gratuita há inúmeros gastos com livros, xérox, alimentação, transporte, etc. Infelizmente as políticas de assistência estudantil existentes nas universidades públicas de um modo geral não têm atendido razoavelmente esse dever de assistência ao estudante.

- Reforma e construção de novas moradias estudantis.

- Aumento da bolsa-permanência e vinculá-la ao curso d@ estudante.

- RU: Criação do conselho, melhoria do cardápio, abrir aos sábados e campanha da caneca.

- Criação de verba específica no Orçamento da União p/ as. estudantil.

CAMPUS DE PLANALTINA

O campus de Planaltina surgiu com o intuito de expandir a universidade para as cidades satélites. A realidade d@ estudante deste campus comprova vários problemas: faltam livros na biblioteca, não existem laboratórios e o único lugar para almoçar é uma lanchonete cara. Os cursos apresentam currículos fechados, que limitam a formação. Falta diálogo com campus Darcy Ribeiro, fazendo com que muitas vezes @s estudantes não se sintam dentro de uma mesma universidade. Propostas:

- A ampliação do escasso acervo de livros da biblioteca de Planaltina e criar um malote de livros para que @s estudantes possam solicitar obras disponíveis na BCE Central.

- A implantação de um restaurante universitário no Campus.

- A possibilidade de cursar disciplinas optativas de diversas áreas.

- A ampliação do debate sobre os futuros cursos a serem oferecidos.

- A disponibilização de ônibus no trajeto: UnB (Asa Norte – Planaltina).

- O apoio à implantação de organizações estudantis no novo campus;

- A reserva de um espaço na site da UnB para o campus de Planaltina.

OPRESSÕES

A opressão sofrida pelas diversas “minorias” se dá tanto no plano concreto quanto no simbólico. Na violência explícita contra a mulher, no discurso racista, no desrespeito à diversidade sexual, na marginalização das classes desfavorecidas, no descaso com @s pessoas com necessidades especiais; naturalizada no discurso e nas práticas opressoras. Propostas:

- Criação de coordenadoria de diversidade e Calourada sobre opressões;

- Promover semanas temáticas sobre as diversas opressões;

- Lutar pela adequação da estrutura da universidade para pessoas com necessidades especiais, pelo seu acesso e permanência;

- Criação e implementação de Estatuto anti-homofobia e anti-racismo;

- Criação de mecanismos de denúncia anti-opressões.

quarta-feira, julho 05, 2006



DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

Família Roberto Marinho, família Silvio Santos e mais sete famílias são responsáveis direta ou indiretamente pelos jornais, revistas e emissoras de rádio e TV de todo Brasil, de acordo com o Coletivo de Comunicação Intervozes. Os oligopólios midiáticos e a relação desses com as estruturas governamentais colocam a maioria da população como objeto das informações e não sujeitos da comunicação numa sociedade de massa.
O foco não é só democratizar os meios de comunicação, mas transformá-los em espaços de libertação social. Nesse sentido se propõe:
- Apoio à Rede de Democratização da Comunicação do DF (RALACOCO, RADIOLA, CMI, ENECOS, MST, Intervozes, TeleSUR...)
- Apoiar a criação e o fortalecimento de movimentos de comunicação livre (Centro de Mídia Independente, Rádios Livres...)
- Participar da semana de democratização da comunicação que ocorre em Outubro
Mas de que adianta levantar a bandeira de uma comunicação social libertadora para o Brasil se dentro das próprias entidades estudantis não se exercita uma comunicação efetiva e interativa com @s estudantes. A perspectiva tradicional de movimento estudantil confunde comunicação com simples propaganda panfletária. É preciso desconstruir esse estereótipo do movimento estudantil. Nesse sentido propomos:
- Investir nos meios de comunicação eletrônica. Qualificar a lista unbemmovimento@yahoogrupos.com.br, o email DCE, o site do DCE, o orkut do DCE e criar outros espaços de comunicação na internet.
- Criar o boletim do DCE
- Criar murais para que o DCE possa se comunicar com @s estudantes
- Criar murais para que @s estudantes possam expressar suas opiniões
- Fazer passagens sistemáticas em sala de aula para dialogar com @s estudantes
- Utilizar da arte para dinamizar a comunicação da entidade

ESPORTE, ARTE E CULTURA

Apesar das dificuldades de organização do movimento estudantil este sempre foi uma excelente forma de reunir e socializar os estudantes em torno do esporte, da arte e da cultura. O estudante sofre cada vez mais com a redução de espaços de convivência e restrição de festas ao Centro Comunitário. A falta de políticas de esporte, arte e cultura podem ser percebidas tanto na universidade quanto no resto do país o que causa uma crescente alienação em torno de relações virtuais (Orkut, Msn, Icq, Mirc) e da mídia massificante além do isolamento do estudante no seu semestre e na sua realidade. A diversidade cultural da universidade, as diversas visões de mundo, de credo, de moral, de vida trazem uma importante contribuição na formação de qualquer profissional qualquer que seja a área.
Esporte e lazer:
O esporte universitário não integra os estudantes já que reproduz a lógica da competição a e desconsidera os estudantes que não sabem jogar. Os jogos internos da UnB é um espaço para poucos e tem pouca contribuição dos estudantes.
- A promoção de festivais, como alternativa ao esporte competitivo, valoriza a participação do estudante e sua vivência com outros estudantes, de outros cursos e semestres.
- A utilização do ginásio em horários livres assim como das demais estruturas do Centro Olímpico cria alternativas para valorizar o esporte na universidade.
Arte e cultura:
A discussão de arte e cultura na Universidade deve ir muito além da promoção de eventos. A restrição de espaços para atividades artístico-culturais, a falta de incentivos cria no ambiente universitário um gueto (Instituto de Artes) onde se produz e ao mesmo tempo se aprecia arte. Em consequência disso a universidade reproduz a mesma postura da Os eventos promovidos pelos estudantes e departamentos de artes ficam limitadossão na maioria das vezes mais apreciados pela comunidade externa do que internarecebem pouco incentivo por parte da reitoria e Há na UnB diversos espaços de eventos a universidade não disponibiliza espaços para eventos de artes Cabe a um Diretório Central dos Estudantes lutar por diversos espaços de convivência e não sua restrição o que envolve a participação dos Centros Acadêmicos e dos demais estudantes. Essas são algumas das possibilidades de um debate amplo e ilimitado no que tange a diversidade cultural estudantil.
- Lutar pela revitalização do teatro de arena como espaço para promoção de festas e outros eventos

- Promover gincanas esportivas entre os Centros Acadêmicos
- Fomentar as iniciativas dos CA’s de recepção dos calouros dos centros acadêmicos, promover as iniciativas de recepção dos ca’s
- Incentivar o uso de transportes alternativos no campus, ciclovia
oficinas culturais p/ integração dos estudantes
- Festivais de artes

terça-feira, julho 04, 2006



TRANSPORTAR OU TRASNTORNAR? EIS A QUESTÃO!

Talvez um dos maiores problemas atuais do Brasil e principalmente do Distrito Federal seja o transporte coletivo. Segundo dados oficias do governo cerca de 37 milhões de pessoas em todo o Brasil não utilizam os transportes coletivos em virtude dos seus altos preços e, segundo o último Censo do IBGE, os transportes são o terceiro ou segundo maior item de gasto no orçamento das famílias, a depender do número de filhos/as. Isso acontece por conta da contradição básica dos transportes públicos: a necessidade popular de um sistema de transportes voltados aos interesses da sociedade e sua realidade versus as oligarquias empresariais, que não abrem mão do seu lucro. Assim, precarizam os transportes ou aumentam os preços cada vez mais. Geralmente, em cidades com transportes de qualidade, os preços são muito caros, fazendo recorte de classe. Já em cidades onde os transportes têm preços mais acessíveis a qualidade do serviço é péssima.
No DF, a máfia dos transportes é controlada pela família Matsunaga, o senador Valmir Amaral e Wagner Canhedo, que insistem em não abrir a caixa preta de suas organizações. Aqui a realidade dos transportes atinge sua pior dimensão: serviços péssimos e preços historicamente exorbitantes! Nessa perspectiva, surgiram várias mobilizações contra o sistema de transportes no DF. Mais recentemente, a partir de 24/06/2005, incentivadas também pelo MPL - DF (Movimento Passe Livre), chamando a atenção da população para a questão dos transportes. Vale lembrar que o MPL – DF não foi criado nessa data, mas sim a jornada de lutas, obtendo grandes conquistas. Mesmo assim, em 1º/01/2006, o GDF (Governo do Distrito Federal) autorizou o aumentou do preço das tarifas de ônibus e do metrô. A justificativa para o aumento seria a de que os empresários estariam operando no vermelho por conta de um aumento de 8,5% para os rodoviários, além do aumento do preço da borracha e do diesel. O MP (Ministério Público) desmascarou o esquema de corrupção observando que um aumento de 17% já cobriria todos os gastos reivindicados pelos empresário, mas o aumento escolhido pelo GDF foi o maior dos planos oferecidos: cerca de 36%. Ainda em 2006, muitas pessoas foram presas em diversos locais do DF, corroborando o que o porta-voz do GDF, Paulo Fona, alegou, em caso das manifestações continuarem.
Sendo assim, a população pergunta o que significa um aumento das tarifas com tantos problemas. A frota já ultrapassa 9 anos de uso, o que é ilegal. Os motores, por esse motivo, emitem ruídos acima do nível de decibéis permitidos em lei, comprometendo a audição de passageiros e principalmente dos rodoviários. Pelo mesmo motivo, acabam poluindo o meio ambiente com uma maior emissão de monóxido de carbono na atmosfera terrestre. As planilhas de custos são guardadas a sete chaves pelos empresários e mesmo a Secretaria de Transportes do DF tem dificuldades para acessá-la. O Sindicato dos rodoviários tem um estudo bastante amplo sobre poluição do ar e sonora causada pelos ônibus e também sobre a planilha de custo das empresas. Os ônibus não tem nenhum tipo de suporte às pessoas com necessidades especiais. Como exemplo, pode-se citar Curitiba, onde o cadeirante pode entrar no ônibus sem precisar de ajuda. O papel do movimento estudantil não deve ser o de negociar com governo e empresários uma tarifa menor, como ocorreu em Salvador em 2003, na "Revolta do Buzú", quando agentes burocratizados da UNE e UBES negociaram com o governo à revelia dos interesses populares. O movimento estudantil deve, sim, negar qualquer aumento de tarifas e lutar por um sistema de transportes justo. Os empresários já tem muito lucro e somente o controle popular do sistema de transportes garantirá um efetivo deslocamento da população com respeito ao meio ambiente e sem servir à interesses particulares de empresários.
Por fim, vale lembrar que a organização geográfica do Distrito Federal (do centro para as periferias, com largas distâncias entre Brasília e as cidades satélites) faz com que a exclusão geográfica tenha os transportes precários como elemento fundamental. Não só transportes coletivos entram nessa história, uma vez que a cidade possui uma alta taxa de veículos automotivos por pessoa (segundo dados oficiais, cerca de 6 mil carros novos entram em circulação no DF a cada mês). Além da grande poluição, a ditadura do automóvel que temos na cidade já está criando grandes engarrafamentos e transtornos urbanos. Com um sistema de transportes públicos de qualidade, e de preços acessíveis - ou gratuitos, subsidiados por exemplo pelos fundos de impostos que damos ao estado -, tanto o problema da exclusão geográfica como o da alta taxa de carros em circulação seriam parcialmente resolvidos. Mas não por completo, uma vez que a dependência da população a veículos automotivos permaneceria. Por isso, aliado à coletivização verdadeira dos transportes, faz-se necessária a luta por políticas públicas em favor de outras formas de circulação de pessoas - como por exemplo as ciclovias por todo o DF.
Nessa perspectiva, nossas concepções de transportes visam:
- Dialogar com as entidades que trabalham a questão dos transportes, como o MPL e o sindicato dos rodoviários, dentre outras.
- Promover debates sobre transportes, chamando representantes do MPL, governo, empresariado, rodoviários, sociedade civil e outros;
- Estudar a construção de uma ciclovia na UnB, tendo em vista o grande número de ciclistas;
- Incentivar formas alternativas de transporte, como a bicicleta.
- Campanha de incentivo a carona na comunidade universitária, evitando problemas com estacionamento e ajudando o meio ambiente;
- Estudar a possibilidade da reitoria estender o percurso do microônibus até a Rodoviária do Plano-Piloto ou aumentar a periodicidade da linha 110 e, além disso, reivindicar que outras linhas que não passem no Campus comecem a passar, conforme demanda;
- Lutar contra qualquer aumento de tarifas e pela revitalização do Sistema de Transportes do DF.

A UnB E AS DROGAS - UMA PERSPECTIVA DE REDUÇÃO DE DANOS

A UnB, mais do que salas de aula e professores, é também um espaço de convivência. Neste universo de modos de agir e de pensar, há um número significativo de pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas (drogas). Enganam-se aqueles que pensam que @s usuári@s de drogas formam um grupo bem restrito na Universidade. Devemos então buscar acabar com as drogas ou aprender a conviver com elas?
Primeiramente, é preciso se considerar que as drogas vão muito além das substâncias ilegais. Também são psicoativos que causam dependência o tabaco, o álcool, o café e até mesmo chocolate. Apesar dessa convivência cotidiana que se tem com o uso de várias tipos drogas, muito insiste-se em marginalizar aquel@s que fazem uso de substâncias ilegais, como se houvesse um corte claro entre os danos fisiológicos causados pela maconha e aqueles causados pela cervejinha, p. exemplo. Na verdade boa parte dos danos das drogas socialmente menos aceitas são causados pela marginalização de seus usuári@s. O gritante o preconceito e a criminalização que se sofre seja na UnB seja nas periferias.
A redução de danos é uma abordagem que busca construir outra forma de relação com aquel@s que entre nós fazem uso de substâncias psicoativas lícitas ou ilícitas, sem pressupor abstinência. Propõe-se uma redução dos danos causados pelo seu uso.
Nesse sentido propomos:
- Apoiar a luta nacional e local pela descriminalização do uso e do porte para uso. Criminalizar o usuário não resolve o problema dos danos causados pelas drogas!
- Distribuição de cartilhas de política de Redução de Danos voltadas para a realidade da UnB.
- Promover palestras e outros eventos sobre a questão das drogas e sobre a postura d@s Seguranças da UnB e da Polícia.
- Fomentar Projetos de Ação Contínua Diálogo com @s estudantes da psicologia, da área de saúde e outros cursos afim.

REFORMA UNIVERSITÁRIA

A Reforma Universitária inicialmente é uma reivindicação histórica d@s estudantes na luta pela qualidade e estrutura do ensino. No início dos anos 60, a luta era pela Reforma Universitária; no final da mesma década a luta foi contra a reforma chamada "MEC-USAID*".
Atualmente, o projeto de Reforma do Ensino Superior do Governo Lula tramita no Congresso Nacional. Em debate desde 2003, está em sua quarta versão e possui alguns avanços, como a exigência do aumento do número de doutores e mestres nas instituições de ensino superior, a vedação de franquias, etc. No entanto, a priorização de investimentos nas áreas tecnológicas, a não previsão de aumento real dos recursos para assistência estudantil e para as universidades pública cuja verba atual é insuficiente para atender à demanda, as eleições indiretas para reitor, a não paridade nos espaços deliberativos, deixa explícita a lógica em que esta pautado o projeto. Da primeira à quarta versão, o projeto só se voltou para atender mais aos interesses das instituições de ensino particulares.
O ensino superior deve contemplar a reflexão crítica, o aprofundamento teórico, o questionamento acerca das implicações práticas das concepções ideológicas que permeiam esta formação. Para isto, não basta que essa idéias sejam colocadas como princípios do anteprojeto. São necessárias normas que possibilitem condições objetivas para essa formação crítica. Na prática, a aprovação do projeto, que tramita em regime de urgência no Congresso, não contempla de modo efetivo o necessário aumento no repasse de recursos para as universidades. Pela Lei da Responsabilidade Fiscal, no último semestre do mandato, é ilegal aprovar qualquer tipo de lei que aumente os gastos previstos pela União. Assim, a Reforma do Ensino Superior, se aprovada esse semestre, será uma lei que não aumentará as verbas das Universidades.
Nesse sentido, somos contra essa Reforma!
* Ministério da Educação-United States Agency for International Development

CONHEÇA A CHAPA 5 - INSTINTO COLETIVO:

Coordenadoria de Organização:
Alexsandra Sales (Pedagogia)
Cleiton Eusébio (Ciência Política)

Coordenadoria Geral:
Karla Gamba (Artes Cênicas)
Fábio Gaspar (Educação Física)

Coordenadoria de Finanças e Patrimônio:
Eduardo Zanata (Letras)
Diogo Ramalho (Letras)

Coordenadoria de Comunicação:
Danilo Silvestre (Ciência Política)
Bruno Schmidt (Psicologia)

Coordenadoria de Integração Estudantil:
Luiza Oliveira (Ciências Naturais - Planaltina)
Rosa Mara (Psicologia)

Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Extensão:
Camila Fonseca (Psicologia)
Fernando Barbosa (Física)

Coordenadoria de Assistência Estudantil:
Karen Triacca (Pedagogia)
Diego Vaz (Ciências Naturais - Planaltina)

Coordenadoria de Arte, Cultura e Esportes:
Guilherme Pamplona (Educação Física)
Edymara (Artes Cênicas)
Luiz Felipe "Formiga" (Biologia)
"Dudu" Hypólito (Física)
Ícaro Souza (Pedagogia)
Victor Nunes (Letras)

Coordenadoria de Fomação Política e Movimentos Sociais:
Rafael Ayan "Chakrinha" (Pedagogia)
Leonardo Ortegal (Serviço Social)
Eduardo Carvalho (Ciências Sociais)
Rubens "Mineiro" (Ciências Sociais)


Representantes Discentes:
"Arturzinho" Sinimbu (Ciência Política)
Karla Gamba (Artes Cênicas)
Diego Vaz (Ciências Naturais - Planaltina)
Luiza Oliveira (Ciências Naturais - Planaltina)
Eduardo Zanata (Letras)
Cleiton Euzébio (Ciência Política)
Rubens "Mineiro" (Ciências Sociais)