quinta-feira, junho 18, 2009

Moção de apoio aos estudantes do IESB



O Movimento Instinto Coletivo torna público o seu apoio aos estudantes do IESB, que estão em luta por melhores condições de ensino e contra a demissão sumária de 69 professores dessa instituição. Desde 2007 a direção da instituição sabia das condições necessárias para se tornar um Centro Universitário e, mesmo assim, não fez nenhum programa de incentivo para que os professores cursassem mestrado e/ou doutorado, preferindo demiti-los a investir em suas formações.

É sabido também que o Movimento Estudantil é duramente reprimido dentro dessa faculdade e que nela existe um DCE de fachada e que serve aos interesses da direção da faculdade. Desde já deixamos claro que somos a favor da existência de um DCE legítimo dos estudantes e nos colocamos à disposição para auxiliar na criação do Diretório Central dos Estudantes do IESB e dos Centros Acadêmicos dos cursos que tiverem interesse.

Temos a certeza de que com consciência, mobilização e muita ação coletiva os estudantes desse país se fazem ouvidos. Foi assim no ano de 2007, onde diversas reitorias de universidades públicas e particulares foram ocupadas, sendo a da USP a de maior repercussão. Foi assim também em 2008, onde diversos estudantes se mobilizaram em torno de mais democracia e transparência nas universidades, onde a ocupação da UnB ganhou destaque quando os estudantes derrubaram o então Reitor. E 2009 será mais um ano de lutas, onde a USP, a UnB e, agora o IESB, demonstram que os estudantes devem ser ouvidos e ter seus direitos respeitados.


MOVIMENTO INSTINTO COLETIVO



“O Homem Coletivo sente a necessidade de lutar”
(Chico Science)


Fora fundações parasitas da UnB: não ao balcão de negócios



O Movimento Instinto Coletivo posiciona-se contra o recredenciamento da FINATEC. As fundações privadas cumprem um papel extremamente prejudicial à Universidade de Brasília e, ainda, estão ainda hoje sob investigação por supostos crimes que vão de peculato à desvio de verbas públicas. Não podemos nos esquecer da farra faraônica do ex-reitor Timothy enquanto a estrutura da UnB era e ainda é precária.

Por questão de unicidade de caixa e moralidade administrativa, como bem aponta o dossiê do ANDES-SN sobre as fundações, não podemos aceitar que tais empresas que visam somente o lucro possam continuar a gerir recursos públicos. Também não podemos aceitar o argumento da suposta praticidade e eficiência das fundações, pois seu trabalho é feito com os recursos humanos e espaços físicos da universidade, o que torna a FUB perfeitamente apta para a captação. Querem passar uma imagem de o recredenciamento da FINATEC é somente uma questão técnica, quando o que está por trás é uma rede de favorecimento político, fisiologismo e tapinha nas costas.

O debate das fundações não é descolado da linha política do Governo Federal, que inclusive tem indícios de irregularidades em algumas de suas prefeituras com a referida fundação. Portanto, não podemos esperar que a autonomia universitária, inclusive financeira, será conseguida por meio de decreto do Executivo. Este só utiliza essa forma de governar para impor políticas privatistas como o REUNI.

Nunca houve um Conselho Comunitário para decidir qual a próxima salada do verão do Mac Donalds ou o modelo esportivo da Ford da Copa 2010. Também jamais vai existir um conselho com estudantes de bermuda e chinelo, ou com sindicalistas, que delibere o que uma empresa privada, com fins lucrativos, vai fazer do seu dinheiro. Então, que fique claro que o CAD (Conselho de Administração) irá aprovar que os recursos públicos irão ser destinados à uma empresa privada e essa vai usar essa verba como bem entender, e ainda que pudesse ser fiscalizada, o que não é o caso, tem que ter lucro, senão acaba. Adivinha quem perde com isso?

A privatização da universidade é uma realidade, cada vez mais concreta, e temos que lutar contra ela. Junte-se a nós nessa batalha.




Relembrar é viver: FINATEC e prefeituras petistas!