quinta-feira, setembro 13, 2007


Bem-vindo ao Mc Timothy!!!





Na última reunião do CAD (Conselho de Administração) da UnB, um dos pontos discutidos foi o aumento do preço do Restaurante Universitário, o RU. Ora, para fazermos um debate mais qualificado sobre esse assunto, vamos a alguns números retirados do Relatório de Auto-avaliação institucional da UnB (agosto/2006):
Participação dos alunos no Programa de Bolsa Alimentação da UnB no período de 2002 a 2005:





ANO
BAIXA RENDA I
BAIXA RENDA II
TOTAL DE PARTICIPANTES
N.º ALUNOS REGULARES
% ALUNOS PARTICIPANTES/ALUNOS REGULARES
2002
3.117
1.254
4.371
49.363
8,85
2003
3.406
1.371
4.777
51.273
9,32
2004
3.571
1.467
5.038
49.753
10,13
2005
3.651
1.668
5.319
50.447
10,54



Assim, para quem vê a tabela a princípio, percebe que houve um aumento de 1,69% no número de estudantes participantes (grupos I e II) sobre o número de alunos regulares da universidade – 948 bolsas a mais. Entretanto, o número de estudantes da UnB cresceu bem mais, de 49.363 para 50.447, um aumento de 2,15%. Isso para fazer uma avaliação estritamente técnica. Se começarmos a pensar que a partir de 2004 a universidade começou a receber um maior número de estudantes de baixa renda devido ao sistema de cotas, veremos que os(as) estudantes estão muito mais abandonados(as) do que imaginamos.
Comparando o preço do RU da UnB com outras universidades brasileiras, veremos como a situação é vexatória. Para essa pesquisa, considerou-se o preço válido para estudantes não carentes, o maior entre os estudantes. UFPR (R$ 1,30); UFS (R$ 1,00); UFMG (R$ 2,50); UFC (R$ 1,10), UECE (R$ 0,80); USP (R$ 1,90); UFES (R$ 1,50); UFF (R$ 0,70); UEFS (R$ 1,00 com inauguração em out/07); UFPA (R$ 1,00); UFRPA (GRATUITO); UFJF (R$ 1,40); UFG (R$ 2,50); UFMT (R$ 1,00); UFAM (R$1,20 e café R$ 0,30). Já na UnB, querem aumentar para R$ 6,00 para o grupo III (isso mesmo, seis reais), ou seja, o maior preço vai aumentar ainda mais. Isso sob a justificativa de que o grupo III não precisa do preço a R$ 2,50 para se manter na universidade.
Porém, o que a reitoria não fala é que o RU tem vários problemas. Reportagem do CACOM de 2006 informou que havia pombos mortos dentro do refeitório. Outra reportagem, dessa vez da ACS/UnB de 08/03/2007 relatou que a economia com a caldeira elétrica do RU soma R$ 40.000,00 mensais. O CESPE, uma fundação privada que subsidia o RU, com toda a queda de faturamento continua a ter lucros milionários. Contando com todo esse quadro, pra não falar de outros agravantes, a reitoria insiste no aumento apresentando números duvidosos que só tem um único intuito: forçar uma privatização do restaurante, como a proposta de terceirização que foi apresentada nessa mesma reunião do CAD.
Existe um grupo de trabalho que foi constituído depois da reunião do CAD, do qual participam o DCE mais 3 estudantes, SINTFUB e docentes. A reitoria diz que, atualmente, o preço de cada refeição no RU custa R$ 10,75. Com a terceirização, passaria a R$ 12,90. Quem paga a conta? O grupo III e até mesmo a comunidade em geral, que também terá o preço de sua refeição aumentada. Para o preço da refeição do RU chegar a R$ 10,75 só pode existir duas explicações: superfaturamento ou incompetência administrativa. Por quê em outros locais, com muito menos recursos, se consegue ter uma refeição de qualidade e barata, enquanto num restaurante subsidiado por fundação e que faz milhares de refeições diariamente a lógica se inverte? Por R$ 10,75, o MC Donald´s, uma empresa capitalista que tem compromisso unicamente com o lucro e vender em massa, faz uma MC Oferta com hambúrguer, refrigerante e batatas fritas. Um convite à lanchonete? Não, um chamado à luta! A UnB não pode usar o RU para ter lucro.
O Instinto Coletivo se posiciona totalmente contra o aumento do preço do RU para o Grupo III. Pelo contrário, somos favoráveis que o preço abaixe como uma flexibilização de nossa tática para conseguirmos a gratuidade, a exemplo do que ocorre em outras universidades. Não podemos deixar que colegas de universidade sejam penalizados(as) por argumentos inconsistentes da administração da universidade. Por isso, convocamos todos(as) estudantes a somarmos força para uma unificação da luta conjunta contra o aumento do preço do Restaurante Universitário, a favor de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, que respeite a assistência estudantil. Estudante não tem que bancar universidade, os impostos que tem esse papel. Não é possível que a reitoria não tenha aprendido nada com os vários casos relacionados à sua inadimplência com os(as) estudantes de baixa renda da universidade. Lutemos contra a privatização do RU.

Promoção: de R$ 10,75 por apenas R$ 6,00.

Participe das mobilizações. Entre em contato conosco!!!

instintocoletivounb@yahoo.com.br

quinta-feira, setembro 06, 2007


fonte: MST
No Dia da Independência, excluídos do DF denunciam Brasil colônia



Manifestantes vão à Esplanada dos Ministérios para reivindicar participação no destino do país


No 7 de setembro, dia em que se comemora a independência do Brasil, cerca de 3 mil pessoas de movimentos sociais, pastorais e comunidades participam em Brasília do 13º Grito dos Excluídos, na Esplanada dos Ministérios, a partir das 8:30h. O ato acontece paralelamente ao desfile cívico militar.
Com o lema "Isto não Vale: Queremos Participação no Destino da Nação", o Grito dos Excluídos deste ano denuncia que a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, realizada em processo fraudulento durante o governo FHC, em 1997, representou um atentado à soberania nacional, e reivindica a retomada da mineradora. “A venda da Vale foi uma fraude histórica que não pode ficar impune. A Vale é do povo, e só a mobilização popular é que pode garantir que a Justiça reverta essa privatização ilegítima. Nosso grito é pela autonomia do nosso país, por sua independência real”, afirma Marina dos Santos, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Brasília.
Em consonância com o protesto contra a venda da Companhia Vale do Rio Doce, o Grito dos Excluídos realiza desde o dia 1 um plebiscito sobre a nulidade do leilão da empresa. No Distrito Federal, existem 150 urnas localizadas no plano piloto e cidades-satélites. O plebiscito também faz uma consulta sobre outros três temas: Reforma da Previdência, pagamento dos juros da dívida e o preço abusivo da energia elétrica – temas também relacionados à questão da soberania. Uma quinta pergunta foi incluída em algumas comunidades. Em Planaltina de Goiás, por exemplo, a população também está opinando sobre o monopólio do transporte coletivo na região.


Pré-grito no DF

Desde o início do ano, várias atividades de formação aconteceram nas comunidades a fim de informar as pessoas sobre as quatro questões do plebiscito. Além disso, no último fim-de-semana, ocorreram manifestações nas cidades-satélites, como preparação para o Grito do dia 7.
Em Santa Maria, Varjão, Planaltina, Ceilândia e Recanto das Emas, os moradores discutiram os problemas específicos das comunidades, o tema nacional do Grito deste ano e recolheram votos para o plebiscito. Apresentações culturais como teatro, capoeira e escola de samba animaram os moradores.
Com as atividades prévias e a articulação nacional em torno do plebiscito, o Grito espera que o número de participantes supere o de 2006, quando mais de um milhão de excluídos e excluídas foram às ruas do país para questionar o significado de nossa independência. As manifestações estão previstas para acontecer em mais de mil cidades no Brasil e o maior ato deve acontecer no município de Aparecida, em São Paulo, onde se reuniram 100 mil pessoas no ano passado.
Participam do Grito dos/as Excluídos/as do DF e entorno o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Ba
rragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento Passe-Livre (MPL), Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua (MNMMR), Movimento Estudantil, Pastoral da Juventude do Brasil (PJB), Cáritas, Intervozes, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conlutas e Intersindical.

A Campanha "A Vale é nossa" produziu um documentário sobre o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, que está dividido em três partes e disponível na internet nos seguintes endereços:
http://br.youtube.com/watch?v
=qBEK1Wup0dw
Mais informações sobre a campanha no site http://www.avaleenossa.com.br/
Informações à imprensa:
Sílvia: 8114-0434
Maria: 84646176