
segunda-feira, dezembro 15, 2008

sexta-feira, novembro 14, 2008

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sexta-feira, novembro 07, 2008

Brasília, 07/11/2008
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O que é o ENADE?
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Bem, antes de colocarmos o que nós, Instinto Coletivo, pensamos sobre o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), convidamos o leitor a conhecer o texto legal sobre o exame (Lei 10.861 de 14 de abril de 2004), que é parte do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) disponível no sítio eletrônico da Presidência da República:
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Lei/L10.861.htm
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Agora que você já leu a lei que regulamenta o ENADE, podemos discutir o tema e ampliar o debate que tem como foco não apenas uma política pública de governo, mas um outro olhar sobre a avaliação da educação superior no Brasil. Dessa forma, vamos analisar o ENADE tanto do ponto de vista técnico quanto político, mas sem querer parecer imparcial ou positivista, uma vez que não acreditamos nessa metodologia.
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Uma só história de avaliação no Brasil: o descaso governamental.
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Historicamente, a avaliação educacional no Brasil é marcada por testes psicométricos

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No período pós-guerra , houve uma readaptação dos currículos para atender às demandas da Guerra Fria, principalmente nas áreas de matemática, química, física e biologia. Era necessário formar uma mão-de-obra que traduzisse aquele momento histórico em divisas para EUA e a então URSS. Foi nesse período que o Brasil adotou diversos programas de avaliação, a maioria voltado para a Educação Básica, é verdade, em parceria com a FCC (Fundação Carlos Chagas) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Os programas vinham dos EUA e, com o Relatório Colleman, passaram a considerar outras variáveis ligadas ao desempenho escolar dos estudantes brasileiros.
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O problema

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Ainda na redemocratização, em 1995, o Governo FHC criou o Provão, ainda dentro das diretrizes do PAIUB (Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras). Em 1997, o INEP assume a responsabilidade de implementar os exames nacionais brasileiros, tanto da educação básica como da superior, bem como as pesquisas de financiamento e gasto da educação. Com a pressão dos estudantes e após sucessivos boicotes, o Provão é extinto em 2003.
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E o ENADE com isso?
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Em primeiro lugar, vamos desmitificar algo que é falado por todas as IES (Instituição de Ensino Superior), sejam públicas ou privadas: “nosso curso e nossa faculdade são o ENADE, por isso gabaritem!”. O ENADE, como já foi dito, faz parte do SINAES. Esse sistema funciona em 3 momentos:
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1- Avaliação da CPA (Comissão Própria de Avaliação) e da CONAES (Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior);
2- ACG (Avaliação dos Cursos de Graduação); e
3- ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).
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A CPA, conforme a Lei 10.861/2004 (Art. 11, I), não pode ter em sua composiç

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A Avaliação dos Cursos de Graduação observa a titulação dos docentes, equipamentos de apoio (data show, retroprojetor e outros), laboratórios, instalações das salas de aula, bibliotecas setoriais, índices de evasão e outros. Os cursos de pós-graduação são avaliados pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que avalia o número de teses publicadas, nível qualis das revistas científicas, publicações de livros, artigos etc.
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O ENADE, por sua vez, visa estabelecer através da medição um conceito que possa classificar os estudantes em determinada nota. Os conceitos vão de 1 a 5, sendo 1 a pior nota. A partir de 2009, as IES que atingirem notas 3, 4 ou 5 não receberão a visita in loco da CONAES, a menos que solicitem. O conjunto das notas dos estudantes do curso formam a nota da IES que divulga ou não o resultado desse conjunto, dependendo de seu desempenho. Vale lembrar que nenhuma IES pode divulgar a nota do estudante porque sequer tem acesso a ela (Art. 5º, § 9º).
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À essa metodologia de avaliação somam-se duas conseqüências, quais sejam: vincular o repasse de verbas do poder público às IES públicas que tiverem melhor conceituação e, no caso das particulares, aproveitar-se de uma avaliação falha para igualar uma instituição sem nenhuma qualidade com uma universidade renomada. Resumindo, é a privatização da educação pública, com critérios esdrúxulos de distribuição de recursos, uma péssima forma de avaliação e nenhum retorno social para a sociedade brasileira.
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Portanto, podemos ver que o Governo Lula somente continuou com a

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Os vários motivos para se boicotar o ENADE
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Imagine a seguinte situação: você é professor de uma escola de Anos Finais

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Ora, tanto a situação da escola de Ensino Fundamental quanto a do estudante de engenharia são surreais. Não se tem notícias desse tipo de avaliação em nenhum lugar do mundo. Por quê então experimentá-la a nível de política pública para a educação sem nenhum diálogo com a comunidade acadêmica e representantes da sociedade civil? A mesma metodologia pode ser aplicada para a educação básica e para disciplinas nas faculdades? Se pode, por qual motivo não é feita? Sendo assim, o que o Governo Lula não explicou desde 2004 quando implementou o ENADE é de onde veio essa idéia absurda de valor agregado. Mas vamos além: ainda que houvesse consenso na proposta de avaliação por valor agregado, o fato do estudante do segundo semestre saber de algo referente aos últimos períodos é mérito sempre dele e não da faculdade, ou então as DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) dos cursos de graduação não tem nenhuma validade. Mais um erro técnico que no exame que se perpetua.
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O ENADE é uma prova padronizada nacionalmente. Num país de dimensões continentais como o

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Pela Lei 10.861/04, o ENADE é realizado tomando como base as DCN dos cursos (Art. 5

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A divulgação dos resultados do ENADE causa efeitos mesmo dentro dos conselhos deliberativos das universidades públicas. Muitas reitorias usam os resultados como forma de barganha para

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Outro questionamento sobre o ENADE é sua prerrogativa punitiva: aqueles que não comparecerem no dia da prova não receberão o diploma ao se formar. Essa covardia acontece porque o Governo Lula, ao fazer a Lei 10.861/2004, colocou o ENADE como componente curricular obrigatório. Isso significa dizer que o exame é como uma disciplina obrigatória de qualquer curso de graduação, com a diferença de não ter carga horária ou exigir uma nota mínima para aprovação – ressaltamos que é obrigação o comparecimento no dia da prova e é isso que aparece no histórico escolar (comparecimento ou não), uma vez que a IES não tem acesso à nota do estudante (Art. 5º, § 5º). Porém, as punições não param por aí.
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As IES que obtiverem baixo resultado no ENADE devem assinar um protocolo de compromisso, mostrando de que forma poderão melhorar seus resultados no próximo exame. São exceção à regra poucas universidades, como USP e UNICAMP, que se recusam a inscrever seus estudantes para fazer a prova. Tal procedimento em nada acarretou de retaliação a essas instituições. Basta dizer que são as duas melhores universidades brasileiras e figuram entre as melhores da América Latina.
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As universidades públicas que obtém pior resultado no ENADE são preteridas em favo

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Como boicotar o ENADE?
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Para o movimento estudantil, é bom chegar com bastante antecedência aos locais de prova para colar cartazes e conversar com os estudantes selecionados. Fazer um cartaz grande explicando os motivos do boicote e colocá-lo perto da entrada da escola facilita o entendimento e com que mais estudantes se interessem. Cartazes também devem ser colocados no caminho da parada de ônibus até as escolas onde serão realizadas as provas. Quanto mais informação os estudantes tiverem, mais irão se convencer de que boicotar é a melhor solução para defender a educação pública brasileira.
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O movimento estudantil deve entender que o boicote ao ENADE é uma ação que deve

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Alternativas ao ENADE: uma outra avaliação é possível!
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Segundo o Basic Principles of Curriculum and Instruction, o objetivo da avaliação é o de “identificar empiricamente, terminado um processo de ensino, se os indivíduos avaliados tem condições de desenvolver o planejamento anteriormente solicitado” (TYLER, 1949). À essa assertiva, utilizada por diversos países como método de avaliação, cabem alguns questionamentos, a saber: o que é o empirismo na avaliação? Quando começa e quando termina um processo de ensino, ou melhor, de ensino/aprendizagem? Quais variáveis ligadas aos indivíduos avaliados podem interferir na avaliação? De que forma foi construído o planejamento anteriormente solicitado? Quem, de que forma e com qual objetivo avaliou? Quem avaliou também foi avaliado? Houve auto-avaliação?
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Todo o t

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O movimento estudantil não é contra as IES serem avaliadas, tampouco saber o que o nível superior agregou ao estudante. O que somos contra é a forma como isso é feito, com erros técnicos absurdos do ENADE, e para quê é feito, no caso, o sucateamento das universidades públicas brasileiras. Não adianta olhar o ENADE só como uma questão técnica, porque o assunto é também político. Está inserido dentro da lógica de privatização do Governo Lula, assim como a Reforma Universitária (PL 7.200/2006 e apensados dos deputados Átila Lira e João Matos), o Decreto das Fundações, Lei de Inovação Tecnológica entre outros. Porém, não se pode negar que há tantas inconsistências técnicas que mesmo a UNE, braço direito de Lula em todos os ataques à educação pública, teve que sair do anonimato e a partir de 2007 falar em boicote. E para não parecer tão agressivos, usam a expressão de que o ENADE é uma avaliação pela metade, sempre na proposta chapa branca da UNE de que “há aspectos positivos”.
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Paralelamente ao IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o ENADE ta

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POR UMA AVALIAÇÃO DE VERDADE, BOICOTE O ENADE!
terça-feira, setembro 30, 2008

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Entre várias pessoas, inclusive militantes independentes, é comum o sentimento de desconfiança em relação a pessoas com filiação partidária. Existe a sensação de que o único interesse destas pessoas é lutar pelas posições do partido e usar as entidades e espaços políticos para promover suas legendas. Este sentimento é alimentado por várias práticas questionáveis usadas com freqüência pelos partidos. Tais práticas incluem levantar bandeiras do partido em uma manifestação, mesmo que seja acordado não fazê-lo; mobilizar militantes afastados para ganhar votações em reuniões de CA, DCE, etc; assinar convocatórias e fóruns sem contribuir efetivamente nos trabalhos organizativos, e depois propagandear que estão construindo a luta nestes espaços, entre outros. Porém, atribuir este tipo de comportamento apenas aos partidos políticos é um equívoco. É próprio da disputa na arena política fazer uso de meios desleais, principalmente quando há forte polarização. Inclusive, os setores politicamente e economicamente dominantes da sociedade, como a indústria e o agronegócio, possuem um amplo repertório de subterfúgios para manter sua hegemonia, porém a resistência que o senso comum lhes impõem é mínima. Devemos sim fazer a crítica ao papel que os partidos desempenham, mas é preciso tomar muito cuidado nesta crítica para não ir além dos limites do preconceito, principalmente diante da campanha da grande mídia.
sexta-feira, setembro 26, 2008

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terça-feira, setembro 23, 2008
Nós do Movimento Instinto Coletivo, grupo de estudantes independentes, vimos à comunidade universitária declarar nosso apoio crítico à "Chapa 76 – UnB século XXI" no segundo turno das eleições para Reitor na Universidade de Brasília. Reafirmamos que muitas das pautas que defendemos não estão contempladas nesta candidatura, em especial o debate das Fundações de direito privado e o REUNI, motivo pelo qual apoiamos a candidatura da “Chapa 74 – A UnB que nós queremos” no primeiro turno.
Como é sabido, ocupamos a Reitoria da UnB em abril deste ano, depois de constantes escândalos ocorridos na Universidade. As denúncias de corrupção envolveram grande parte corpo administrativo como reitor, vice-reitor e decanos, que foram destituídos de seus cargos por meio da luta estudantil! Não podemos esquecer que as denúncias de peculato e formação de quadrilha apresentadas pelo Ministério Público são da época em que Márcio Pimentel (atual candidato à Reitor pela Chapa 73) era Decano de Pesquisa e Pós-Graduação do professor Thimothy Muholland.
Em resposta à chapa 73, dizemos claramente que não ocupamos a Reitoria para devolver a UnB nas mãos de um grupo tirano e incompetente que há mais de 16 anos mantêm uma gestão baseada no favorecimento pessoal, associada a uma política nefasta de esvaziamento dos espaços democráticos e deliberativos da universidade.
Acreditamos que o grupo ligado à Chapa 76, embora com direcionamentos diferentes dos que defendemos, tenha mais capilaridade para dialogar com a comunidade acadêmica e estabelecer uma ruptura com todo o clientelismo e continuísmo thimothysta identificado na Chapa 73.
Chamamos todos os estudantes, técnicos-administrativos e professores a participar deste processo eleitoral, entendendo que eleger o professor Márcio Pimentel é retomar um período marcado por denúncias de corrupção e carguismo na Universidade de Brasília.
CONTRA A CORRUPÇÃO NA UnB, VOTE 76!
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Movimento Instinto Coletivo
www.instintocoletivounb.blogspot.com
instintocoletivounb@gmail.com
terça-feira, setembro 16, 2008

Brasílilia, 16 de setembro de 2008.
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Sendo assim, uma grande preocupação desse grupo é a de que setores conservadores, que estão representados em algumas chapas nessa eleição, voltem ao poder com a legitimidade do voto, ainda que não seja a paridade que queremos. Isso porque o Movimento Estudantil da UnB levou um golpe no CONSUNI, que aprovou a Paridade Potencial, onde todos os estudantes tem que votar para chegar ao peso de um terço. No entanto, registramos um avanço, uma vez que os docentes não tem mais os 70% do peso dos votos e os técnico-administrativos, por sua vez, também aumentaram o seu percentual. Sendo assim, conclamamos todos os estudantes a irem às urnas dias 17 e 18 de setembro de 2008 para escolherem a gestão que vai representá-los nos próximos 4 anos.
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segunda-feira, setembro 01, 2008

O Movimento Instinto Coletivo convida a comunidade acadêmica, bem como interessados(as) na construção de uma UnB democrática, a participar de sua próxima reunião de formulação:
Data: 06/09/2008 (sábado)
Horário: 09h45
Local: Faculdade de Educação 5, hall (em frente ao Auditório Dois Candangos)
Convidada: Prof. Marisa vonn Bülow, Vice-diretora do IPOL (delegada estudantil última estatuinte da UnB) - A CONFIRMAR!
Estatuto UnB: http://www.unb.br/unb/estatuto.php
Regimento Geral UnB: http://www.unb.br/unb/regim_geral.php
Estatuto FUB: http://www.unb.br/administracao/fub/estatuto.php
Lei que criou a FUB: http://www.unb.br/administracao/fub/lei.php
Decreto que instituiu a FUB: http://www.unb.br/administracao/fub/decreto.php
Convite aberto para todas as pessoas que quiserem discutir os estatutos, independente de qual posição política ou ausência desta tenham. Favor avisar pelas listas de e-mail, Orkut, telefone, boca-a-boca etc.
informações:
instintocoletivounb@yahoo.com.br
Compareça!!!