
A HISTÓRIA DO SABIÁ QUE SABIA ASSOBIÁ
Parece qui termina
Mas agora é qui começa
Sossega que a saudade
Desce já e faz sua festa
Mas clareia o amanhã
Que a flor também tem pressa
A estrada continua
A lavoura nunca cessa
Com coração sertanejo
E pele de toda cor
Daqui de longe eu vejo
Brasil bruto de dor
É tanta injustiça, fome
Tanto tiro, judiação
Esperança quas´que some
Ou espaia na plantação?
Ai se sêsse diferente
Nem carecia mexê
Mas tão difícil é
Quanto possível parece ser
Os instrumento foram feito
Em caatingas de emoção
Em leituras tão aflitas
Dos lamentos que virão
Cai as folha, fica o tronco,
É assim que a vida cria
Nunca se sente pronto
Se o trabaio é companhia
Depois de tanto estudo
Aprendendo a escutá
Ouve o que há de dentro
Escuta teu sabiá
Ele canta tão formoso
E ensina encantando
Que a beleza dessa vida
É fartura de ser humano.
*cordel do convite dos formandos de psicologia 02/2006 da UnB.
*cordel do convite dos formandos de psicologia 02/2006 da UnB.
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