quarta-feira, março 28, 2007
Alunos africanos têm moradias incendiadas no campus da UnB
Do CorreioWeb
28/03/200715h38-Alunos africanos da Universidade de Brasília (UnB) foram vítimas de ação racista na madrugada desta quarta-feira. Por volta das 4h, as portas de três apartamentos do bloco B da Casa do Estudante Universitário (CEU) foram incendiadas. Os moradores acordaram com o cheiro forte da fumaça, que se alastrou pelos corredores. Foi ouvido também o barulho de uma explosão, possivelmente de uma bomba caseira. Responsáveis pela ação ainda esvaziaram os extintores de incêndio do primeiro e segundo andar para impedir que o fogo fosse debelado. Todos os apartamentos onde moram estudantes africanos tiveram as portas marcadas com cruzes vermelhas. O aluno de Administração de Empresas, Samory de Souza, divide o apartamento 106 com mais três amigos, todos de Guiné Bissau. Ele conta que um deles acordou sufocado com a fumaça e, desesperado, acordou os outros companheiros. “Eu só levantei por que meu amigo alertou sobre a fumaça. Desesperados, pulamos a janela e fomos procurar pelos extintores. Nenhum funcionava, só um do terceiro andar”, conta. As senegalesas Racky Sy, estudande de Letras e Wolette Thiam, que freqüenta o curso de Arquitetura, moram no apartamento 105. A porta foi consumida pelo fogo. Para Racky, os incêndios comprovam o racismo que existe dentro da UnB. “Sem dúvida nenhuma isso foi motivado pelo racismo e pelo preconceito”, diz. As duas alunas reclamam da falta de vigilância na CEU. “Aqui não tem segurança. De madrugada você não acha ninguém e, quando acha, estão dormindo profundamente”, diz Racky. Recorrente As manifestações de racismo são comuns na morada estudantil. No mês passado, as paredes dos corredores foram pichadas com frases de repúdio aos africanos. Na ocasião, segundo os alunos, a UnB teve todo o cuidado para que a situação fosse contornada. “Registramos a queixa na administração. Eles foram lá quando não havia ninguém e pintaram as paredes. Eles nos disseram que a imagem da instituição tinha que ser preservada e que problemas assim tinham que ser resolvidos amigavelmente”, disse Wollet. A futura arquiteta conta que há dois anos essas frases são comuns e que as queixas sempre são registradas. “Uma vez que fomos lá, pessoas da administração chegaram aqui gritando. Eles disseram que estávamos exagerando e que a gente morava aqui de favor. Um deles chegou a dizer que nada garantia que os próprios alunos africanos fossem os autores das pichações”, desabafa. Os moradores dos apartamentos que tiveram as portas queimadas suspeitam que os autores dos incêndios sejam estudantes que moram no mesmo bloco. Eles informaram os nomes dos suspeitos à Polícia Federal, que investiga o caso. Limite De acordo com o presidente da Associação de Moradores da CEU, Geraldo Marques dos Santos Júnior, os conflitos entre alguns alunos brasileiros e africanos são comuns. Ele destaca, no entanto, que nunca havia acontecido algo com tamanha gravidade.“Desta vez a ameaça de morte quase foi consumada. Em um dos apartamentos, o botijão de gás fica do lado da porta. Podia ter acontecido uma tragédia”, diz. Não tenho dúvida que isso foi uma atitude racista de alguém que mora aqui. Chega. Foi o limite. Temos que combater o racismo e o preconceito que existe dentro da UnB”, diz. Ainda nesta tarde, o reitor da UnB, Timothy Mulholand, dará entrevista coletiva sobre o caso.
sábado, março 24, 2007
Ana Paula – 18 anos, Matemática noturno, moradora da Asa Sul
Não sabe exatamente o que é extensão, mas se interessa e pretende fazer.
Aluna do turno noturno, diz que por enquanto não precisará trabalhar.
Felipe – 18 anos, Direito, morador da Vicente Pires. Fez quatro vestibulares até ser aprovado. Acha que o vestibular é justo, pois quem estuda passa. Não teve contato com atividades de extensão na sua comunidade.
Maíra – 18 anos, Comunicação Social.
Ingressou pelo PAS e é moradora do Lago Sul. Acha que o vestibular não é justo, pois às vezes quem sabe não passa por conta do nervosismo, entre outras coisas. Diz não saber direito o que é extensão.
Vinícius – 16 anos, Ciência Política
Sempre estudou em escola pública. Morador da Asa Sul, teve contato com projetos de extensão da UnB no Elefante Branco, onde cursou o ensino médio.
quinta-feira, março 22, 2007
domingo, março 18, 2007

Tendo em vista a luta pela defesa da Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade para tod@s, e que cumpra com sua função social, diversos grupos políticos e indivíduos se reunem hoje no Comitê de Luta Contra a Reforma Universitária - DF. O Movimento Instinto Coletivo é um destes grupos.
O Comitê é um importante instrumento de organização do Movimento Estudantil no DF, que surgiu para barrar aos ataques à educação pública, e que independente das direções do Mov. Estudantil (com destaque para a UNE e o DCE - UnB), que cumprem o papel de apoiar a Reforma e o seu aplicador o governo Lula, o Comitê estará ao lado d@s estudantes para barrar esta Reforma Universitária!
Acompanhe a programação da Semana de Luta Contra a Ref. Universitária:
20/03 (Terça-Feira) - Anf. 11 - 12h
Exibição do Filme BARRA 68 seguido de debate com a Profª Maria Lúcia (SER-UnB) e do Prof. Ricardo Guilen (FEDF e ex-estudante da UnB)
21/03 (Quarta-Feira) - Ceubinho - 12h
Debate sobre a Reforma Universitária com a presença da ADUnB, Oposição SINTFUB, Prof. Rodrigo Dantas(FIL-UNB) e Luiza Oliveira(CASO).
22/03 (Quinta-Feira) - Campus de Planaltina -14hDebate sobre a Reforma com a Professora Patrícia Pinheiro (SER-UnB), Zanata (Letras - UnB) e Diego (Ciências Naturais - Campus Planaltina UnB)
23/03 (Sexta-Feira) - CEAN (Centro de Ensino da Asa Norte) - 10:30
Debate sobre a Reforma UniversitáriaProf. Rodrigo Dantas(FIL-UNB), grêmio do CEAN, Glauco (História - UnB) e Guilherme (Geografia - UnB)
Participem desta luta! Acompanhe as atividades do Comitê e vamos tod@s barrar a Reforma Universitária do Governo Lula!!!
quarta-feira, março 14, 2007

A HISTÓRIA DO SABIÁ QUE SABIA ASSOBIÁ
Parece qui termina
Depois de tanto estudo
*cordel do convite dos formandos de psicologia 02/2006 da UnB.
domingo, março 11, 2007
Vimos por meio desta moção manifestar nosso repúdio face ao descaso da atual gestão do Diretório Central dos Estudantes da UnB pelo fato de não ter ainda regularizado junto à Reitoria da UnB a indicação dos novos representantes discentes eleitos, desde julho de 2006, para os Conselhos Superiores da Universidade.
1. Paralelamente à última eleição para a diretoria do DCE-UnB, ocorreu a eleição dos representantes estudantis para os três seguintes conselhos da Universidade: Conselho Universitário (CONSUNI), Conselho de Administração (CAD) e Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).
Brasília-DF, 06 de março de 2007
Assina esta moção:
- Movimento Instinto Coletivo
- Comitê de Luta Contra a Reforma Universitária do Distrito Federal
- Juventude do PSTU[1] A negligência da diretoria do DCE-UnB foi confirmada ao se ligar para a Secretaria de Órgãos Colegiados da Reitoria no dia 26 de fevereiro de 2007 e se constatar que até então não havia nenhum nome encaminhado pelo DCE-UnB ainda.
quinta-feira, março 08, 2007

Brasília, 8 de março de 2007.
Rafael Ayan Ferreira
Pedagogia – UnB
(61) 9948-9494
ayanunb@gmail.com
http://www.instintocoletivounb.blogspot.com/
www.vibeflog.com/ayanrafael

No campo da política não é muito diferente. Somente na América, temos vários exemplos de como há avanços em termos de representação. Nos Estados Unidos, Hillary Clinton desponta como uma das principais candidatas à Casa Branca, defendendo união civil entre pessoas do mesmo sexo num país de puritanos (ao menos nas urnas). No Chile, Michelle Bachelet além de ganhar a presidência ainda expulsou do exército o Capitão Augusto Pinochet Molina, neto do ex-ditador chileno. No Brasil, a ex-senadora Heloísa Helena ficou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2006 com o recém-criado P-SOL. A Ministra Dilma Roussef assumiu o comando da Casa Civil com a difícil missão de substituir José Dirceu e acabou por fazer um trabalho ainda melhor. Esse quadro político não seria possível há 100 anos atrás.
A visita de George W. Bush ao Brasil para negociar o etanol tupiniquim e cercar o venezuelano Hugo Chávez ocorre numa data especial. Há exatamente

Creio que há concordância de que o caso dos militares não é nada espetacular, tampouco inédito, vindo de um país governado por um facista reeleito como Bush, que ao invés de encerrar a Guerra e retornar com as tropas, vai contra o Congresso e aumenta o número de militares naquele país. Choram mulheres da América por saber o destino cruel de seus filhos e maridos. Choram mulheres iraquianas pelo mesmo motivo e, algumas, deixam de chorar por serem brutalmente assassinadas por quem parece jamais ter ouvido falar na Convenção de Genebra. Enquanto isso, o sexo forte, os homens da ONU e da OTAN, exitam em limitar os poderes de Bush que já está de olho no Irã e Coréia do Norte, para ampliar seus mercados de combustível e exploração sexual.

*Este texto demonstra uma atenção de um indivíduo e não um consenso do coletivo. Veja mais das propostas do Instinto Coletivo no próprio blog.
segunda-feira, março 05, 2007
Além disso, com a descentralização da UnB, ficou escancarado o apartheid educacional existente entre as escolas do Plano Piloto e as escolas públicas das satélites: no último vestibular para Ciências Naturais, das 40 vagas ofertadas, apenas 12 foram preenchidas, pois os estudantes da região não conseguiram atingir nem o argumento mínimo no exame.
Esta situação é decorrente de uma série de ataques que a educação pública tem sofrido por todos estes anos. Desde 2003, já foram cortadas pelo governo Lula mais de R$4,1 bilhões de verbas da educação. Soma-se a este quadro, a Reforma Universitária apresentada pelo governo, que avança no sentido do sucateamento e da privatização do ensino público e prioriza a transferência de recursos para as faculdades privadas. O projeto baseia-se na concessão de total liberdade para os empresários da educação e a restrição da autonomia das universidades públicas.
Outra questão colocada no âmbito da Reforma Universitária é a implantação da Universidade Nova, cujas conseqüências seriam nefastas para a Universidade Pública. A proposta prevê os Bacharelados Interdisciplinares, com duração de três anos e que proporcionariam uma formação universitária geral. Após essa formação rebaixada, o estudante ganharia um diploma de bacharel em área geral do conhecimento, e poderia enfrentar o mercado de trabalho. Inexiste a garantia do estudante conseguir vaga nos cursos posteriores, profissionalizantes. A discussão sobre a implantação da Universidade Nova na UnB já está bastante avançada, sendo que existe a possibilidade de ser aplicada no campus de Planaltina em 2008.
A luta por uma Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade para todos, e que cumpra com sua função social, perpassa pela luta contra essa Reforma. A organização dos estudantes e da sociedade civil se faz cada vez mais necessária, para que possamos pautar as demandas da comunidade e discutir qual é projeto de expansão da Universidade que queremos.
O Comitê de Luta Contra a Reforma Universitária do Distrito Federal se solidariza com a luta dos estudantes do campus de Planaltina e firma o compromisso pela defesa da educação pública.
Comitê de Luta Contra a Reforma Universitária:
boicotamosoenade@yahoogrupos.com.br
O Comitê de Luta Contra a Reforma Universitária é formado por diferentes grupos políticos e indivíduos que lutam por uma Educação Pública de qualidade. O Movimento Instinto Coletivo é um dos grupos que compõem o Comitê. Participe você também! A próxima reunião será no dia 10/03 (sábado) às 14:00, na ala norte do Minhocão - UnB, sala B1 483.
Diego Vaz
Ciências Naturais - UnB
8148-9758
Luiza Oliveira
Ciências Sociais - UnB
9158-1122
Brasília, 05/02/2007
Rafael Ayan
Pedagogia – UnB
(61) 9948-9494
ayanunb@gmail.com
www.instintocoletivo.blogspot.com
www.vibeflog.com/ayanrafael
O sonho de muitos brasileiros é cursar uma universidade, de preferência de qualidade e, melhor ainda, sem pagar por isso. Tratando-se da Universidade de Brasília, todo semestre, cerca de 2000 pessoas podem realizar esse sonho. São em sua maioria jovens, com sede de conhecimento e os hormônios mais aguçados do que nunca, gerando uma hiperatividade comum para a idade. A busca pelo novo apenas começou e a novidade é mais que bem-vinda como também recomendada. Os vizinhos passam a cumprimentar, ou de outra forma. Você se olha no espelho e diz: eu passei na UnB, que massa véi! Entretanto, independentemente de qualquer geração, 3 eixos estão ligados diretamente aos calouros: trote, perspectiva profissional e concepção de universidade pública.
A história do trote não é das mais bonitas. Atravessando séculos, vem de uma época onde os filhos dos nobres usavam os filhos da emergente burguesia para marcar território, numa espécie de ritual. Sim, costumavam marcar, seja pelo corte de cabelo ou pela humilhação pública, aqueles

O mercado de trabalho, ou campo de atuação, como preferem os humanistas, é outro ponto que não sai da cabeça dos calouros. Muitos deles sonharam em fazer outro curso mas devido à pressão dos pais, da mídia, do alterego, aquele que é qualquer coisa menos um candid

O último ponto é certamente o que gera mais debate. Afinal, que idéia de universidade tem os calouros? Quem paga a conta para quem estuda gratuitamente? Qual o papel da universidade (Reitoria, movimentos sociais como o estudantil, sala de aula) na formação política dos calouros? Segundo dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), vi

Assim começa mais um semestre na Universidade de Brasília. O sonho acabou, ao menos por enquanto, para alguns, tornando-se realidade para outros. O ingresso na universidade é uma conquista, importante até, mas não é o fim do caminho. Há muito o que se fazer na e pela universidade, para todos os segmentos da sociedade. Preparem-se para se apaixonar, chorar, rir, virar noites estudando e tirar MI, não estudar nada e tirar SS, e sentir saudades do playboy e do bicho grilo que pagavam a mesma aula com você. Aliás, se não fossem assim, não seria universidade. A aflição pelo trote é grande. A ansiedade pelo estágio idem. A busca de algo maior que a sala de aula, como o movimento estudantil ou a extensão, nem tanto. Começando o semestre, como se fosse amanhã, escrevo como se fosse ontem. Já disse Elis Regina: “ainda somos os mesmos, e vivemos, como nossos pais”. Calouros, sejam bem-vindos à Universidade de Brasília.